Quem
descobriu o Brasil?
Foi
Pedro Álvares Cabral no dia 22 de abril de 1500!
A
expedição organizada pelos portugueses a pedido do Rei Dom Manuel tinha como
objetivo repetir o feito de Vasco da Gama e chegar às Índias. Estavam em busca
de metais preciosos, como o ouro e a prata, e especiarias!
Não
se sabe ao certo por que Cabral desviou tanto a oeste da sua rota original,
sabemos apenas que não fosse isto os portugueses não teriam descoberto as
terras no depois chamado novo mundo.
No
dia 22 ouvi-se um grito “terra vista”! Avistaram um monte, que recebeu o nome
de Monte Pascoal. O nome dado a terra descoberta foi Terra de Santa Cruz,
atualmente cidade de Porte Seguro na Bahia. O nome definitivo, Brasil, só veio
alguns anos depois, devido a quantidade de pau-brasil encontrado no litoral!
A
carta escrita por Pero Vaz Caminha e enviada para o rei em Portugal descreve
com detalhes a viagem, a terra descoberta e os nativos. Este é um importante
documento histórico para o Brasil e para o mundo!
O
primeiro contato com a população local foi feito no dia 23 de abril. Os índios
Tupiniquins, de origem tupi-guarani, habitavam o litoral do sul da Bahia.
Apesar do choque entre as diferentes culturas, trocaram objetos e cortesias
pacificamente.
Frei
Dom Henrique celebrou a primeira missa no dia 26 de abril. E acreditem, era
domingo de páscoa! Compareceram não só os comandantes e suas tripulações, mas
também muitos nativos curiosos atraídos pelo ritual.
Dias
depois Cabral seguiu viagem até alcançar Calicute, mas deixaram por lá 2
degradados - condenados por crimes em Portugal - que meses depois foram resgatados
e deram contribuições importantes aos portugueses.
Era
dos descobrimentos marítimos
Portugal
foi, sem dúvida, uma nação que enfrentou diversos desafios para conquistar
outras terras e ser o pioneiro das navegações. O primeiro desafio foi vencer o temor
que se criara no imaginário das
pessoas da época, a respeito de criaturas
marinhas gigantes que devoravam os navios. Quem viu uma dessas criaturas?
Ninguém sabia dizer, mas como todo mito, principalmente na época ocupava um
grande espaço na cabeça das pessoas. Mesmo assim, pioneiros portugueses
decidiram explorar o mar nunca antes navegado com o objetivo principal de
expandir o território e explorar riquezas em outras terras.
As
naus e as caravelas portuguesas representavam o que havia de mais avançado na
arte de navegar. Suas caravelas levam a bordo instrumentos, cartas de navegação
e conhecimentos desenvolvidos pelos mais importantes sábios da época, incluindo
matemáticos, astrônomos,cartógrafos, geógrafos, especialistas na construção de
navios e uso de artilharia, vindos de diversos países.
As
caravelas eram navios velozes e pequenos. Uma típica caravela portuguesa tinha
de 20 a 30 metros de comprimento, de 6 a 8 de largura, 50 toneladas de
capacidade e era tripulada por quarenta
ou cinquenta homens. Com elas era
possível navegar pela costa, entrar em rios e estuários, manobrar em águas
baixas, contornar arrecifes e bancos de areia. Já as naus eram barcos maiores e
mais lentos.
Na
viagem de ida, transportam produtos para a troca, provisões, guarnições
militares, armas e canhões. Na volta, trazem mercadorias importantes para a
época, como especiarias, por exemplo.
Instrumentos
náuticos
Viajar
para o desconhecido não é tarefa fácil, mas os portugueses tinham na época o
que havia de
mais avançado em termos de equipamentos: a bússola ,
também chamada de “agulha de marear”,
era fundamental para a navegação. Nessa
época, consistia apenas numa agulha magnetizada que
flutuava sobre a água,
tendo uma das suas pontas viradas para Norte. Essa indicação do Norte
permitia
que os navegadores se orientassem em alto mar e não se perdessem em lugares
longínquos.
Para
descobrir a distância que ia do ponto de partida até ao lugar onde a embarcação
se encontrava
usava-se dois tipos de instrumento: o quadrante ,
cujo cálculo se baseava na altura da Estrela Polar e
o astrolábio que
tinha como base a altura do sol ao meio-dia. Como não existiam relógios, mediam
o
tempo com ampulhetas, mas com resultados imprecisos. O astrolábio tinha
vantagens em relação ao
quadrante, não só porque era mais fácil trabalhar à luz
do dia, como pelo fato de a Estrela Polar não
ser visível no hemisfério sul.
Outro
instrumento importante era a balestilha , usado pelos
navegadores para medir a altura dos
astros. Era constituída por uma régua de
madeira, chamada virote.
Homens
corajosos
Vasco
da Gama é um dos principais protagonistas da
historia. Deixou Lisboa em 8 de julho de 1497,
dobrou o Cabo da Boa Esperança
em 18 de novembro, mas só atingiu a Índia em maio do ano
seguinte. A viagem de
volta teve início em 5 de outubro. Dos 155 homens que partiram,só 55
chegaram
em Lisboa. Por seu feito, foi recebido com honras pelo rei e recebeu o título
de “Almirante
dos Mares da Arábia, Pérsia, Índia e de todo o Oriente”.
Pedro
Álvares Cabral foi o navegador português que no dia 22 de
abril de 1500, capitão-mor de uma
frota de 13 embarcações, descobriu o Brasil.
Descendente de família nobre, estudou em Lisboa onde
aprendeu literatura,
história, cosmografia, artes militares e técnicas náuticas. Em 1499 foi nomeado
pelo rei D. Manuel o capitão-mor da armada que seguiria para às Índias,
seguindo a rota recém
inaugurada por Vasco da Gama, contornando a África, com a
missão diplomática e comercial. Para
evitar as calmarias a rota foi desviada e
a expedição tomou o rumo sudoeste, para bem longe da
costa africana, por isso
chegou até as terras mais longínquas para descobrir o Brasil.
Curiosidades
Cabral teve uma excelente recompensa pelo seu trabalho: recebeu 10 mil cruzados pela viagem. Cada cruzado valia 3,5 gramas de ouro. Ele poderia ainda comprar 30 toneladas de pimenta, com seus próprios recursos, e transportá-las gratuitamente no navio.
(fonte: Guia dos Curiosos/ SMART KIDS)